5 padrões das relações tóxicas (ou que estão se desfazendo)
Um modelo para te ajudar a regenerar (ou encerrar) suas relações
Escute esse conteúdo no formato de áudio e com mais detalhes no nosso podcast http://bit.ly/3IwD2xb
Você já viveu uma relação tóxica? Você já se percebeu como uma pessoa tóxica nas suas relações? Você consegue reconhecer quando uma relação não está funcionando - e se há possibilidade de mudança ou se é o caso de um rompimento? E se for possível uma mudança, você se sente capaz de perceber o que fazer e aplicar ações concretas para modificá-la?
Eu já vivi relacionamentos tóxicos, eu já fui uma pessoa tóxica, eu já continuei relações que demandam um rompimento, e eu já tentei mudar minhas relações mas sem a menor ideia do que fazer. Acho que esse é um dos maiores dilemas que vivemos como seres humanos e nas organizações, e me entristece perceber o quanto ainda nos falta repertório e capacidade de cuidar de algo tão central na nossa vida.
Foi por isso que na minha pesquisa me ajudou muito chegar a 5 pilares que representam os padrões que estão presentes em relacionamentos saudáveis e comunidades onde há pertencimento. Reuni nesse post as dinâmicas que ocorrem quando esses pilares estão ausentes ou desequilibrados.
Importante notar que quando esses pilares estão em falta, as relações se tornam ruins, mas quando eles estão desequilibrados ou em excesso, é possível criar uma dinâmica abusiva nos nossos relacionamentos. Relações ruins são diferentes de relações abusivas, e relacionamentos abusivos costumam criar uma dinâmica que nos mantém presas - é como uma montanha russa em que alguns aspectos das relações nos “levam às alturas” e outros nos jogam para o chão.
1. Apatia | sedução (pilar imaginação)
Quando uma relação está carente de imaginação, nos sentimos apáticas - nos falta energia, tesão, motivação, criatividade e curiosidade para nutrir aquelas relações.
Em excesso pode criar uma dinâmica de atração, sedução e ilusão das pessoas, tornando-as mais vulneráveis à manipulação. É como o canto da sereia, que usa muito bem seus poderes de atração, mas faz isso pensando apenas no seu próprio interesse e sem intenção de cuidar ou nutrir aquela relação.
2. Perda de propósito | conformidade social (pilar identidade)
Quando não nos identificamos mais com as pessoas com quem nos relacionamos, sentimos que estamos indo para caminhos diferentes, que já não compartilhamos mais dos mesmos valores ou que perdeu o propósito da nossa união e aos poucos vamos nos desconectando.
A super identificação, por outro lado, tende a criar exclusão do mundo exterior e que as pessoas envolvidas na relação entrem em conformidade social - começamos a pensar igual, vestir igual, falar igual e vamos perdendo nosso senso de individualidade.
3. Perda de sentido | Desconforto extremo (pilar experiências)
A ausência de experiências e rituais significativos em uma relação pode levar a um relacionamento entediante, sem integração, e com pouco espaço para se afetar.
Mas rituais e experiências também podem ser abusivos, levando as pessoas a vivenciar situações desconfortáveis, dolorosas ou simplesmente sem espaço para integrar aquilo que se movimenta a partir das vivências.
4. Conflito velado | Desgaste (pilar movimento)
Em relações onde não é possível falar sobre os desconfortos, lidar com o conflito, e integrar as mudanças (de desejo, de vontade, de personalidade), as pessoas tendem a dois extremos: se calar e jogar para debaixo do tapete ou ter manifestações explosivas e violentas.
Já em relações onde estamos o tempo todo com o conflito ativo e nos propondo a adaptar a relação, falta tempo de processamento, integração e pode levar ao desgaste.
5. Controle ou isolamento | superficialidade ou codependência
Em relações onde não há um padrão de interdependência, pode faltar ou sobrar autonomia ou intimidade.
Na ausência de autonomia temos dificuldade de colocar e respeitar os limites das pessoas com quem nos relacionamos - limite de vontade e também de personalidade.
Obediência, controle, manipulação costumam estar presentes nessas relações. A perda de autonomia nas relações também se manifesta com pessoas tentando cuidar da necessidade umas das outras, com dificuldade de fazer pedidos ou no excesso de interferências na vida da outra pessoa.
Já a autonomia em desequilíbrio pode levar uma pessoa ao egoísmo e isolamento - “não peço ajuda, não preciso de ninguém, não quero me comprometer com nada que vai me limitar, não colaboro, só penso em mim”. .
Na ausência de intimidade, as pessoas tendem a esconder suas vulnerabilidades e a relação tem uma dureza, não tem fluidez e naturalidade. A relação não se torna gostosa, porque estamos o tempo todo escondendo partes de nós, e também não consegue criar uma profundidade.
Já a intimidade em desequilíbrio, pode criar uma codependência - uma pessoa ou comunidade se torna o centro da vida da outra e não sabemos mais viver ou sequer imaginar nossa vida sem ela.
Esses 5 fatores são pra mim como um mapa que me ajuda a diagnosticar o que uma relação está precisando para que eu me torne capaz de regenerá-la. Uma vez identificando o que uma relação está precisando, ganhamos poder e escolha: relações podem ser regeneradas, desde que a gente tenha repertório para tal.
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